Os médicos bolivianos declararam greve nacional por tempo indeterminado neste sábado (30), rejeitando um artigo do projeto de Lei de Emergência Sanitária, aprovado pela Câmara dos Deputados, que proíbe a suspensão dos serviços de saúde em decorrência de paralisações, greves, protestos, sessões acadêmicas e outros.
Luis Larrea, do Colégio de Medicina de La Paz, informou que o Conselho Nacional de Medicina decidiu fazer uma greve nacional por tempo indeterminado para rejeitar esta norma e que esta determinação está sendo seguida em La Paz a partir de hoje, mas mantendo os serviços de emergência e atendimento para doentes com COVID-19, de acordo com a rede Erbol.
O porta-voz do Sindicato dos Ramos Médicos da Saúde Pública (SIRMES-La Paz), Fernando Romero, lamentou a aprovação do regulamento e disse que o setor da saúde não acata a lei aprovada pelos deputados.
“Hoje, enquanto assistimos à morte de nossos colegas, quando vamos ao pico mais alto da pandemia, o governo do presidente Luis Arce e seus legisladores nos apunhalam pelas costas e nos roubam o direito de protestar e lutar (…). não aceitaremos”, disse Romero a Red Uno.
Sem a oposição, o Movimento pelo Socialismo (MAS) dos Deputados aprovou o anteprojeto de Lei de Emergências Sanitárias que, entre outros aspectos, proíbe a paralisação dos serviços de saúde por greves e protestos durante a vigência da declaração de emergência, e “simplifica “a contratação de profissionais de saúde que tenham concluído seus estudos médicos na Bolívia ou no exterior.mj
A iniciativa legal regula estados de emergência sanitária na Bolívia. Durante a declaração de emergência “os serviços do sistema nacional de saúde não podem ser interrompidos em decorrência de paralisações, greves, protestos, sessões acadêmicas ou outras semelhantes”, dispõe o art. 19.
“Eles não podem tirar a voz deste setor, não vão transformar a Bolívia em um país de totalitarismo com caprichos políticos, não vamos permitir”, disse Romero.
*com informações de La Razon
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