Durante o discurso anual de gestão para o parlamento do país, o Presidente Nicolás Maduro indicou, nessa terça-feira (12), que a abertura de contas em moedas conversíveis será permitida em todos os níveis para que, por exemplo, os comerciantes possam abrir legalmente suas contas em dólares e processar suas operações de pagamento, devidamente supervisionados pelo Sudeban.
A ideia é digitalizar os sistemas de pagamento nessas contas, mas as transações serão processadas em bolívares e “a conversão está feita”. Maduro declarou que a dolarização do comércio é uma “válvula de escape benéfica” e agora esses mecanismos de resistência e sobrevivência devem começar a “homenagear o Estado e o povo”.
Devido a uma inflação estimada nos últimos 12 meses em 1.858%, as notas do bolívar perderam valor em tempo recorde, aumentando a necessidade de pagamentos e moedas digitais para facilitar as transações.
O governante denunciou que a perda do valor do bolívar se deve ao bloqueio financeiro e ao “ataque à moeda”. Mas agora há “um processo de recuperação sustentado, combinando uma dolarização parcial do comércio, com a economia digital”. 77% das transações comerciais do país são realizadas digitalmente na Venezuela. Os 23% restantes são feitos com dólares em dinheiro na rua.
Maduro ainda declarou que, entre 2007 e 2012, o Estado venezuelano recebeu fluxo positivo de financiamento, com um total de US $56,9 bilhões. Enquanto de 2013 a 2018, o financiamento foi reduzido a US $5,9 bilhões. “Duramos 13 meses sem vender uma gota de petróleo ao mundo e, no entanto, mantivemos o investimento social”, declarou o chefe de Estado.
Entre 2015 e 2020, a Venezuela perdeu US$ 102,5 bilhões pela diminuição da produção petroleira em mais de 2 milhões de barris diários. Atualmente, a nação produz 390 mil barris de petróleo diários. A meta para 2021 é aumentar a produção.
Aproveitando o ensejo….
Aqui na Fonte BR, trabalhamos muito para entregar para vocês informações de qualidade amparadas unicamente na realidade dos fatos. Que tal apoiar o jornalismo independente que fazemos para você?
Clique aqui e seja um assinante. Fortaleça o bom jornalismo.
